segunda-feira, 26 de novembro de 2012


A NECESSIDADE DO MUNDO

Um antigo mito grego nos conta a história do rei Sísifo. O rei foi sentenciado pelos deuses a rolar uma pedra até ao topo da montanha eternamente. Cada vez que ele estava próximo ao topo a pedra rolava montanha abaixo e era necessário recomeçar o seu trabalho do ponto zero, ou seja, do sopé até o topo novamente. Não importa o quanto ele trabalhava, no projeto dos deuses ele estava condenado ao fracasso eternamente.
Albert Camus, o existencialista francês, reivindicou que tudo da vida é simplesmente isso: fútil e sim propósito. Trabalhamos e pensamos que temos objetivos, mas estamos condenados a viver a de futilidades. Aproximadamente 125 anos antes Camus o americano Henry David Thoreau disse que a maioria dos homens vive vida de desesperação, sofrendo no silêncio o sue próprio desespero. Até mesmo William Shakespeare, no século dezesseis e dezessete, reivindicou que “a vida era um conto narrado por um idiota cheio de ruído e fúria, não significando nada”.
As perguntas que se faz são: Há uma resposta cristã para essa visão pessimista?  O cristão pode oferecer uma resposta positiva para aqueles que buscam um propósito na vida? A resposta deve ser um sonoro “SIM!”. Mas infelizmente muitos cristãos vivem a vida como se esta fosse governada pela sorte e não pelo o Soberano Deus, Criador de todas as coisas e Senhor absoluto.
Essa visão distorcida nos prova que a maioria dos cristãos do século XXI carece de um encontro real com o Senhor. Sem esse encontro a vida é vista na visão de Shakespeare, e infelizmente a igreja se torna apática e indolente no cumprimento de sua missão, qual seja “proclamar o evangelho em toda a terra”.
A igreja deve avaliar a sua posição e perceber o quanto ela avançou nos últimos 2000 anos. De um punhado de crentes temerosos e de um salão saiu para alcançar o mundo com a mensagem transformadora do evangelho, mas é verdade que ainda temos muito o que fazer. Nossa missão vai além do que simplesmente apregoar a Palavra. Agostinho expressava: “Se não podes ensinar com teu exemplo, por favor, não ensine”, o que isto tem a nos ensinar ora não somos repetidores (papagaios) do que ouvimos, precisamos viver o que pregamos, pois só assim seremos o sal da terra e a luz do mundo, e então mostraremos para a geração presente que em Deus a vida tem um sentido real, não é um conto de fada ou um jogo de cartas marcadas.
Esta geração de salvo tem a missão de oferecer ao mundo uma visão de mundo que responda aos questionamentos da presente geração. Precisamos despertar para necessidade que o mundo tem de nós. Se fizermos a nossa tarefa, a próxima geração de crentes poderá transformar o mundo, através de uma visão coerente, de um esforço produtivo e de uma paixão em levar o evangelho pleno a toda a criatura, poderá mudar o mundo, levando multidões a reconhecerem Cristo como Senhor de suas vidas.
Vamos aceitar o desafio, o momento é agora, não importa se somos muitos, lembramos que há dois mil anos o mundo estava afundado em densas trevas e Jesus chamou poucos homens que comprometidos com Cristo levaram o evangelho a todo o mundo civilizado da época. E na idade média, quando novamente o mundo estava submergido em trevas Deus levantou um pequeno número de reformadores que de forma ousada, lutando contra tudo e contra todos fizeram a mensagem do evangelho conhecida em toda a Europa, e dali para o mundo.
Pessimismo e futilidade têm uma vez mais contida o mundo no que parece ser uma luta para morte. Onde estão os homens e mulheres que aceitarão o desafio dessa geração? Pode ser que para isso Deus tenha te chamado. Levante mãos-a-obra, a nossa luta é contra a esperança e a futilidade, entre o propósito e a falta de sentido.
Deus conta contigo.
Pr. Lurdeo Moura
26.11.2012

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