A
NECESSIDADE DO MUNDO
Um antigo mito grego
nos conta a história do rei Sísifo. O rei foi sentenciado pelos deuses a rolar
uma pedra até ao topo da montanha eternamente. Cada vez que ele estava próximo
ao topo a pedra rolava montanha abaixo e era necessário recomeçar o seu
trabalho do ponto zero, ou seja, do sopé até o topo novamente. Não importa o
quanto ele trabalhava, no projeto dos deuses ele estava condenado ao fracasso
eternamente.
Albert Camus, o
existencialista francês, reivindicou que tudo da vida é simplesmente isso:
fútil e sim propósito. Trabalhamos e pensamos que temos objetivos, mas estamos
condenados a viver a de futilidades. Aproximadamente 125 anos antes Camus o
americano Henry David Thoreau disse que a maioria dos homens vive vida de desesperação,
sofrendo no silêncio o sue próprio desespero. Até mesmo William Shakespeare, no
século dezesseis e dezessete, reivindicou que “a vida era um conto narrado por
um idiota cheio de ruído e fúria, não significando nada”.
As perguntas que se faz
são: Há uma resposta cristã para essa visão pessimista? O cristão pode oferecer uma resposta positiva
para aqueles que buscam um propósito na vida? A resposta deve ser um sonoro
“SIM!”. Mas infelizmente muitos cristãos vivem a vida como se esta fosse
governada pela sorte e não pelo o Soberano Deus, Criador de todas as coisas e
Senhor absoluto.
Essa visão distorcida nos
prova que a maioria dos cristãos do século XXI carece de um encontro real com o
Senhor. Sem esse encontro a vida é vista na visão de Shakespeare, e
infelizmente a igreja se torna apática e indolente no cumprimento de sua
missão, qual seja “proclamar o evangelho em toda a terra”.
A igreja deve avaliar a
sua posição e perceber o quanto ela avançou nos últimos 2000 anos. De um
punhado de crentes temerosos e de um salão saiu para alcançar o mundo com a
mensagem transformadora do evangelho, mas é verdade que ainda temos muito o que
fazer. Nossa missão vai além do que simplesmente apregoar a Palavra. Agostinho
expressava: “Se não podes ensinar com teu exemplo, por favor, não ensine”, o
que isto tem a nos ensinar ora não somos repetidores (papagaios) do que
ouvimos, precisamos viver o que pregamos, pois só assim seremos o sal da terra
e a luz do mundo, e então mostraremos para a geração presente que em Deus a
vida tem um sentido real, não é um conto de fada ou um jogo de cartas marcadas.
Esta geração de salvo
tem a missão de oferecer ao mundo uma visão de mundo que responda aos
questionamentos da presente geração. Precisamos despertar para necessidade que
o mundo tem de nós. Se fizermos a nossa tarefa, a próxima geração de crentes
poderá transformar o mundo, através de uma visão coerente, de um esforço
produtivo e de uma paixão em levar o evangelho pleno a toda a criatura, poderá
mudar o mundo, levando multidões a reconhecerem Cristo como Senhor de suas
vidas.
Vamos aceitar o
desafio, o momento é agora, não importa se somos muitos, lembramos que há dois
mil anos o mundo estava afundado em densas trevas e Jesus chamou poucos homens
que comprometidos com Cristo levaram o evangelho a todo o mundo civilizado da
época. E na idade média, quando novamente o mundo estava submergido em trevas
Deus levantou um pequeno número de reformadores que de forma ousada, lutando
contra tudo e contra todos fizeram a mensagem do evangelho conhecida em toda a
Europa, e dali para o mundo.
Pessimismo e futilidade
têm uma vez mais contida o mundo no que parece ser uma luta para morte. Onde
estão os homens e mulheres que aceitarão o desafio dessa geração? Pode ser que
para isso Deus tenha te chamado. Levante mãos-a-obra, a nossa luta é contra a
esperança e a futilidade, entre o propósito e a falta de sentido.
Deus conta contigo.
Pr. Lurdeo Moura
26.11.2012