sexta-feira, 1 de julho de 2011

CUIDANDO DE VINHA ALHEIA

Em Cantares 1.6, encontramos uma jovem, que embora fosse amada e admirada pelo rei, como uma das mais belas que conhecia se sentia infeliz, pois fora obrigada a trabalhar sol-a-sol, para cuidar de vinhas que não lhe pertenciam. Ela reclama “A vinha que me pertence não cuidei”.

O texto nos leva a entender que a moça estava revoltada, pois trabalhara incansavelmente, para atender aos caprichos de seus irmãos, de forma tal que não teve tempo para cuidar de sua beleza. A sua tez estava queimada do sol, tornara-se morena e agora era alvo de crítica entre as demais donzelas, e como que desesperadamente pede que não a mirem, pois não tivera tempo de se cuidar, como fazem as demais mulheres.

Esta história se repete em nossos dias, em toda a igreja do Senhor, e principalmente entre os líderes, pois muitas vezes nos envolvemos com tanta coisa, que a leitura da Palavra e a oração diária ficam esquecidas, pois assumimos lugar que não é nosso, estamos cuidando de vinhas alheias, e esquecemos da nossa.

Paulo orientado a Timóteo, assim expressa: “Tem cuidado de ti mesmo...”. A primeira vinha a ser cuidada é a nossa vida, não só espiritual, mas também física, pois quantos líderes (pastores) não se preocupam com a sua saúde, e dizem de forma irresponsável “a minha vida está nas mãos do Senhor, pois estou fazendo a sua obra”. É verdade que Deus tem o domínio sobre todo universo, logo tem também domínio sobre nossa vida, mas isso não nos exime de cuidar da nossa saúde física e espiritual, dando a cada uma a alimentação que lhe é devida, na hora certa e na medida exata.

A falta de cuidado próprio tem levado muitos a danos irreversíveis. Chega um determinado tempo e olham para trás e dizem como a moça “a minha vinha não cuidei”. Sofrem o desgosto de verem seus filhos por caminhos difíceis, enquanto os filhos dos fiéis, que por ele foram cuidados estão firmes desenvolvendo, muitas vezes, um ministério profícuo na obra do Senhor.

Voltamos para nossa própria vinha. Cuidamos de nós; cuidamos de nossa formação; cuidamos da nossa casa, e quando chegar a canseira dos anos poderemos dizer: “CUIDEI DA MINHA VINHA”.



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